terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ah, menino..

Quero passar mais horas abraçada contigo sem nem saber quais são os limites do meu corpo e do seu.

E depois viajar, vez com a tua voz, vez com um baseado.

Desde já quando acordo e não encontro o teu olhar pequeno de sono ao meu lado sinto um incomodo. 

Pois que essa falta continue me incomodando e que eu possa saná-la na noite seguinte.

Pela minha janela estreita invade um barulho perturbador de gente.

Acendo um incenso e sua fumaça se mistura com a do meu cigarro me protegendo do cheiro escroto que as ruas exalam.

A cada tragada eu me livro do gosto insuportavelmente doce da futilidade e do desgosto da miséria - que almeja, tão inocente, ser doce de arranhar a garganta.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Como se fosse um relógio
Acendo mais um cigarro
Mas ele vai acabar
E você não vai aparecer.

Como se fosse um vício
Olho mais uma vez no relógio
Mas a agoniar vai continuar
E você não vai…